Foram inúmeros barcos à deriva.Montanhas imensas que cegavam nossos olhos. Chocolates branco. Música. Mantra...vídeos...letras, estrelas e borboletas.
Eu diria que foi mágico.
Você diria que foi coisa de Deus.
Eu diria que era amor, você diria que era amizade dos anjos.
E mesmo assim fomos!
Não importa se deu certo, ou errado.
Não combina sentir com sentir-se.
Não adiantaria viver se estávamos mortos!
Nem tampouco cheiro se não sentíssemos.
Era um amor diferente .
A gente se percebia na lagoa, na música do vizinho, no palito de picolé,na arte, na mensagem que Deus deixava em nossa porta todo dia,no cabelo branco, nas dores, no sufoco.....no sonho que tínhamos para nossa vida...percebíamos como ninguém mais conseguiu perceber: na essência!!!! na essência da vida!!! Respeitávamos a vida!
Muitas das vezes que você pronunciou meu nome, eu percebia que eu estava viva por que nunca nem ninguém pronunciava SANDRA com tanta ênfase...
Era uma purpurina jogada no céu nublado!!!!!!
O dia amanhecia e lá estávamos ,nos dando "bom dia". A tarde chegava e uma música fazia lembrar de nós. E a noite era um martírio por que tinha o sono que nos tirava metade de nossas vidas.
Eu não sei como tudo começou....vagamente me lembro.
Mas foi aqui, neste pedaço de papel virtual que nossas almas se encontraram.
Acabou...
Assim meio torto, mas com toda razão!
Tudo que é bom acaba meio esquisito...ou não.
Não. Não acabou esquisito. Acabou porque as coisas não são feitas de fantasias, nem tampouco de histórias lindas e sabonetinhos que perfumam gavetas.
Acabou porque não era justo.
Insanidade.
Fruto da imaginação.
Compulsão.
Ficam as lembranças. As músicas, e até cheiro.
Um cheiro de cumplicidade. De distância.De carinho.
A gente não esquece o que preenche o coração.
Só temos que aprender que não vivemos apenas de pão.
Tem de ter água.
de ter fogo...
de ter terra...
de ter ar.
Temos que aprender que tem que ter um e outro.
Juntos...
como palito e picolé...
como papel e caneta...
como 93 milhões de milhas até o sol!
Sandra
