Um tempo para um cafe.

Um mar...
uma imensidão de mar, e a xícara de café. 
Não foi assim tão fácil sentar á beira mar e pedir uma xícara de cafe. Não! Isto leva tempo!!!
Sair do escorregadio mundo em que somos levados por repetitivos  comportamentos, não é nada agradável! Mas temos que fazê-lo! Mudar, fazer ao contrário,substituir os caminhos traçados  e trocá-los  por aventureiros percursos!
Nada pode ser como tudo é!
Os paradigmas andam me cansando! Por mais que eu  queira seguir as regras, ainda assim, num calor de 40 graus, quero tomar uma xícara de café olhando o mar.
Não preciso estar refrescantemente confortável por que outras pessoas estão!Será que estão?
A quantas andam os padrões?
Pensei muito nos "padrões" por estes dias e me vi bem longe deles. Aquém de sua estrutura sólida e inquebrável eu quero modificar esta engrenagem.
Sim...os padrões se quebram, se desfazem e recheiam nossa vida de cacos que passamos o resto de nossas vidas jogando embaixo do tapete.
Ando preferindo ir aos meus porões,fazer uma faxina, jogar antigas cartas fora,e por fim,  reformar um velho sofá  estampado  marrom retrô.
Talvez um rosa...ou um carmim lhe caia bem!
Da mesma forma o meu batom que manchou a xícara de café precise ser trocado! Não gosto de deixar meus restos para trás! Minhas marcas são tão substanciais que as prefiro invisíveis!
Minha bela xícara de café á beira mar não se quebrou. Não se quebra um ser! Não se despedaça uma vontade!
Tudo que se quer é estar onde se quer estar, com quem se quer estar, no frio com cubo de gelos ou no calor com uma xícara de café quente! Tudo depende do lado:
nosso lado de fora e nosso lado de dentro!
Sandra

Foto: Angelita Carmo