VOLTO JA



Na qualidade de provedor de sorrisos, o palhaço espera no camarim, o tempo certo de abrir as cortinas.
A platéia, em silêncio, aguarda a entrada trinfual da máquina da alegria.
Em meio a maquiagens, roupas coloridas, nariz"de bolinha vermelha", lá está ele, se olhando no espelho.....
branco, vermelho, azul, amarelo, as cores se misturam no rosto cansado.
E a platéia, não sabe.
Ahhhhhhh !! a platéia não sabe, o que se passa naquele coração recheado de cores, enquanto o palhaço espera.
Por que os palhaços, sempre esparam:
a hora da entrada,
a hora dos aplausos,
se irão sorrir, ou simplesmente finchirem uma alegria que se dissipou.
E nesta metamorfose, nesta mudança de caras e bocas, o palhaço mais uma vez chora, borrando a maquiagem que levou anos a aprender pintar.
Cada segundo de lagrima, cria em seu personagem um tipo de realidade doída,por que a dúvida sobre seus encantos, persiste em deixa-lo. Cada dia na espera da cortina se abrir, vai se tornando cansativo,por que o palhaço nunca sabe se a platéia, é real nos seus sentimentos.
E mais uma vez, o palhaço chora......
talvez seria melhor , o palhaço admitir que sua fabrica de sorrisos está falindo.
Me dêem licença.
Vou logo ali.....
Só lavar o rosto, e retirar a maquiagem.

SANDRA

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